Prevenção e tratamentos específicos, conseguem evitar o avanço da doença.
O mês de maio traz uma lembrança importante para os brasileiros e chama a atenção para o problema de saúde que é a segunda causa de cegueira no Brasil, estando atrás apenas da catarata, o Glaucoma.
No Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, 26/05, o Ministério da Saúde alerta a população para os cuidados e combate contra essa doença silenciosa, que apesar de ser crônica e sem cura, pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo.
A falta de informação a respeito desta patologia é considerada como uma das principais causas do alto índice de cegueira. Alguns estudos avaliaram que o diagnóstico do Glaucoma em países em desenvolvimento é feito mais tardiamente quando comparado com países já desenvolvidos, o que aumenta o risco da perda da visão, sendo a conscientização da população para os problemas causados pelo Glaucoma fundamental.
Diagnóstico e tratamento
O Glaucoma pode se desenvolver durante meses ou anos sem apresentar nenhum sintoma, por isso, é uma doença de evolução silenciosa. Os sintomas só aparecem na fase mais avançada, quando a pessoa começa a ter perda da visão periférica.
Pessoas que têm parentes portadores de Glaucoma, indivíduos com mais de 40 anos, pacientes com alto grau de miopia e diabéticos devem estar ainda mais atentos para a realização dos testes de rotina.
Os exames para diagnóstico avaliam a estrutura dos olhos, o campo de visão e o nível de pressão ocular.
O tratamento pode ser feito com colírios, cirurgias ou uso do laser, a depender da necessidade de cada caso.
Fatores de risco
História na família de pessoas com Glaucoma, raça negra, hipertensão arterial, diabetes, trauma ocular, miopia e uso contínuo de corticoides.
O Glaucoma é provocado pelo aumento da pressão interna do olho e alteração irregular no fluxo de sangue dentro do órgão. Por isso, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores são as chances de controlar o avanço da doença e evitar a perda total da visão.
O acompanhamento deve começar desde cedo, através do Teste do Olhinho, exame simples, rápido e indolor, capaz de detectar alterações no eixo visual. O teste avalia o reflexo da luz que entra no olho do bebê e se for identificada alguma alteração, o recém-nascido é encaminhado para um especialista, visto que,
a identificação precoce aumenta a chance de desenvolvimento normal da visão ao longo da vida.
Na maioria dos casos, o Glaucoma é assintomático até atingir estágios mais avançados, onde a deficiência visual já está estabelecida. Estima-se que entre 50% a 90% dos portadores não tenham conhecimento de sua doença. O diagnóstico só acontece quando o paciente vai ao médico oftalmologista para um exame oftalmológico de rotina, onde são realizados exames específicos para sua detecção (principalmente a medida da pressão intraocular e o exame do fundo de olho).
O diagnóstico precoce é essencial para a prevenção da perda gradativa da visão e, com o tratamento específico, consegue-se evitar o avanço da doença.
O tratamento do Glaucoma evoluiu muito nos últimos anos. Novos medicamentos, mais potentes e com melhor posologia, colaboram para uma melhor adesão ao tratamento. Terapias alternativas aos colírios, como a trabeculoplastia seletiva a laser e cirurgias micro invasivas, trazem a chance de um melhor controle da doença, sem uma grande dependência do uso diário de colírios.
Estudos avançados revelam muitas oportunidades de tratamento para o Glaucoma, como novas vias de administração de medicamentos, novas técnicas de cirurgias, e até mesmo a terapia genética.
Apesar de o Glaucoma ser uma doença grave, o seu controle pode ser realizado de maneira bem eficaz, evitando a progressão para a cegueira, entretanto, de nada adianta toda evolução científica, se os portadores não chegarem aos médicos em tempo hábil de se tratar antes de uma perda funcional debilitante.
O aumento do nível de conscientização e a visita regular ao oftalmologista é fundamental para a prevenção da cegueira pelo Glaucoma.
Em caso de dúvidas, conte com os oftalmologistas da Sermed.
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